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Crescer Dá Trabalho: O Desafio de Engajar uma Geração Que Chegou Cheia de Dúvidas

Nos corredores das empresas, nas reuniões de líderes e até nos cafés entre colegas, uma queixa tem se tornado frequente: “essa nova geração não quer nada com nada”. É como se um vácuo de comprometimento tivesse se instalado — como se os jovens não entendessem o básico do jogo corporativo: responsabilidade, constância, disciplina. Mas será que o problema está só neles?

A geração que hoje ocupa os cargos de entrada e está galgando suas primeiras posições no mercado de trabalho cresceu em um mundo profundamente diferente do que formou os líderes de hoje. Um mundo acelerado, ansioso, digital, volátil — onde o erro é público, a cobrança é instantânea e a comparação é permanente. Muitos desses jovens foram poupados de frustrações reais, criados com mais proteção do que preparo, com mais estímulo do que estrutura.

O resultado? São profissionais que, apesar de talentosos e criativos, muitas vezes entram no mercado com baixa tolerância à crítica, pouca maturidade emocional e dificuldade para sustentar rotinas exigentes. E não porque são preguiçosos ou irresponsáveis — mas porque estão em processo de formação. Só que esse processo está atrasado. O amadurecimento emocional, que antes era esperado na adolescência, agora muitas vezes chega depois dos 25, com sorte.

É fácil cair na tentação de cobrar mais duro, forçar a barra, ou cair no velho discurso do “no meu tempo era diferente”. Mas aqui mora o risco: exigir comprometimento com base em humilhação não é liderança — é abuso. E é por isso que a forma como os líderes se comunicam tornou-se parte central da equação. Disciplinar, sim. Cobrar, claro. Mas sem recorrer a ironia, ao sarcasmo, ao grito, a intimidação. A linguagem importa. E muito.

Liderar essa geração exige presença, paciência — e inteligência relacional. Não dá mais para cobrar responsabilidade com discursos agressivos ou posturas autoritárias. A liderança precisa ser firme, mas não com comunicação violenta. Precisa estabelecer limites, mas sem destruir autoestima. Porque a consequência de uma cobrança inadequada hoje não é só um pedido de demissão — pode ser uma crise de ansiedade, um processo trabalhista ou, pior, a completa desconexão emocional do colaborador com a empresa.

Esses jovens precisam de líderes que sejam mais do que chefes. Precisam de mentores, de pessoas que ofereçam direção, colo e confronto saudável. E sim — isso envolve oferecer o que muitas vezes faltou em casa: modelos adultos consistentes, que saibam escutar, que saibam ensinar, que saibam dizer “não” com respeito e “sim” com critério. Gente que saiba formar caráter profissional — não só delegar tarefas.

E aqui entra um ponto crucial: é preciso reintroduzir o valor da disciplina e da constância no discurso empresarial. Não como uma camisa de força, mas como um caminho de crescimento. Precisamos mostrar que foco, entrega e comprometimento não são opostos de autenticidade, mas parte essencial de qualquer trajetória profissional relevante. Liberdade sem estrutura é só desorientação. E talento sem direção vira desperdício.

Se queremos reter essa geração, precisamos criar ambientes que não só acolham — mas eduquem, desafiem e desenvolvam. E isso não se faz com um RH decorativo ou com lideranças robotizadas. Exige sensibilidade e método. Uma cultura onde feedback é diálogo, não ataque. Onde performance vem junto com propósito. Onde o ser humano é visto como ser em formação — e não como uma engrenagem descartável.

Essa geração não está perdida. Mas também não vai se encontrar sozinha. Ela precisa de referências. Precisa de líderes que saibam segurar na mão sem sufocar, que saibam puxar sem empurrar do abismo, que saibam dizer o que precisa ser dito — do jeito certo.

No fim das contas, o que está em jogo não é só engajamento ou retenção. É a qualidade do futuro que estamos ajudando a construir. E crescer, como sempre, continua dando trabalho. Mas desta vez, é trabalho também para quem lidera.

Por Ronaldo Loyola, especialista em gestão de pessoas e fundador da LHRC Consultoria (www.lhrc.com.br).

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