Os verdadeiros valores de uma organização não estão no discurso. Estão nas entrelinhas das decisões. Estão, muitas vezes, nas promoções que ela faz em silêncio ou até oficialmente.
Nas reuniões, a narrativa é bonita. No LinkedIn institucional, então, nem se fala: “Valorizamos pessoas”, “Cuidamos dos nossos times”, “Gente é nosso maior ativo”.
Mas aí vem o RH com a lista de promoções — e quem sobe? Os gestores que entregam números, mas cultivam medo. Os que batem meta, mas pisam em gente. Os que nunca deram um feedback construtivo, mas têm um histórico “sólido” ou são “figuras importantes da casa”.
A verdade é simples (e desconfortável): a cultura real de uma empresa é revelada por quem ela escolhe para liderar.
Você pode treinar sua equipe sobre empatia, comunicação não violenta, escuta ativa.
Mas se quem assume as cadeiras de poder continua sendo o gestor autoritário, reativo, tóxico ou ausente com pessoas — todo o resto é teatro organizacional.
Pessoas observam. E aprendem rápido o que realmente é valorizado. Você pode dizer que se importa com gente, mas se o profissional mais humano do time for ignorado — e o mais insensível for promovido — o recado foi dado.
Promoções são recados. São sinais culturais. Elas dizem, sem precisar de uma palavra, quem essa empresa quer que todos se tornem.
Promover alguém é mais do que reconhecer performance. É endossar comportamentos. É apontar o que será replicado. É dizer: “Queremos mais disso aqui dentro.”
E quando o “mais disso” é arrogância, controle, vaidade, omissão ou incapacidade relacional, a cultura institucional entra em colapso silencioso — mesmo que os KPIs estejam “ok”.
Em pouco tempo, os melhores se protegem. Os mais íntegros se afastam. E a cultura se adapta… para baixo.
Se a liderança não sabe lidar com gente, não adianta mural motivacional, campanha de endomarketing ou semana da empatia. Tudo se desmancha na prática diária, quando o colaborador precisa de apoio, de confiança e de respeito — e encontra silêncio, despreparo ou medo.
Então, da próxima vez que sua empresa for falar sobre valores… Olhe menos para o discurso, e preste mais atenção para a agenda de promoções.
Ali pode estar a verdade crua sobre o que sua organização realmente acredita.
Por Ronaldo Loyola, especialista em gestão de pessoas e fundador da LHRC Consultoria (www.lhrc.com.br).
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