O café estava quentinho, a salada de frutas fresca, os kits de onboarding vieram com bilhetinho maravilhoso e os brindes da SIPAT foram um sucesso. O RH, como sempre, entregando a experiência do colaborador com esmero.

Agora corte para o andar de cima, onde as decisões reais estão sendo tomadas: fusão, reestruturação, demissão em massa, aquisição, mudança de modelo de negócio, novas contratações. Sabe quem não foi consultado? Isso mesmo — o RH. Aquele mesmo que cuida das “pessoas”, lembra?

Em muitas empresas, o RH virou o síndico do bem-estar: organiza eventos, confere planilhas, acompanha métricas de clima e ajusta cartazes motivacionais. Mas na hora da reunião em que se decide o destino de uma área inteira? Silêncio. “Chama o RH depois, para comunicar bonitinho.”

É assim que se constrói uma cultura esquizofrênica: de um lado, discursos floridos sobre “gente em primeiro lugar”; do outro, decisões frias tomadas a portas fechadas, sem nenhum olhar de quem de fato conhece pessoas. Depois, querem que o RH faça mágica com engajamento.

Não se constrói cultura no PowerPoint. Nem se sustenta performance com RH de enfeite.

A empresa quer resultado, mas não quer escutar quem entende de comportamento. Quer inovação, mas silencia quem sabe onde a cultura emperra. Quer retenção, mas ignora que o RH tem mapeado há meses os sinais de esgotamento das lideranças.

RH que não participa da estratégia é como médico que só aparece no velório.
Pode até consolar, mas não tem mais como salvar.

Se o RH só é lembrado para aprovar folga coletiva, cotar buffet para o café da manhã ou acompanhar desligamento que já foi decidido pelo financeiro, então, meu caro executivo, você não tem um parceiro estratégico — você tem uma equipe de eventos.

E sabe o que é mais irônico? As empresas que mais ignoram o RH são, geralmente, as que mais reclamam da rotatividade, da baixa maturidade do time e da dificuldade em formar líderes. Querem cultura forte, mas sem dar voz a quem carrega o termômetro da organização.

RH estratégico não é “bonzinho”, não é passivo, e não está no mundo para agradar diretoria. RH estratégico confronta, questiona, propõe, incomoda — e entrega visão.

RH que pensa cultura é RH que antecipa crises, que previne a perda de talentos, que enxerga dinâmicas invisíveis antes que virem escândalo. É RH que coloca o espelho na mesa, mesmo quando a imagem não agrada.

Se sua empresa ainda trata o RH como despesa, apoio ou decoração institucional… prepare-se. O próximo “evento” que vai organizar é o funeral da sua cultura.

Aliás, algumas empresas mais visionárias já acordaram. E estão indo além: têm contratado ex-executivos de RH experientes para atuarem como conselheiros estratégicos, participando diretamente das decisões mais críticas que envolvem gente, cultura e mudança.
Essas empresas entenderam o óbvio que muitos ainda resistem a enxergar: quem lida com gente no dia a dia enxerga nuances que um balanço não mostra. Sabe ler entrelinhas. Sabe onde a cultura sangra. Sabe onde o discurso e a prática estão em guerra.

Esses conselheiros têm ajudado boards a não tropeçarem nas próprias decisões, alertando sobre riscos comportamentais, erros de sucessão, promoções desastrosas e rupturas culturais silenciosas. São vozes experientes que não romantizam “pessoas”, mas que conhecem profundamente os impactos de cada movimento em uma organização viva. Gente que não é só “do RH”. É gente de negócio que entende de gente.

Enquanto isso, outras empresas continuam colocando mais um banner motivacional no refeitório e achando que isso é cuidar da cultura.

A escolha é sua: ter um RH na mesa para evitar o colapso — ou chamá-lo depois para recolher os cacos.

Por Ronaldo Loyola, especialista em gestão de pessoas e fundador da LHRC Consultoria (www.lhrc.com.br).

#lhrc

#lhrcrh

#lhrcculturaorganizacional

#lhrcronaldoloyola

#rh

#recrutamentoeseleção

#loyolaconsulting

#ronaldoloyola

#loyolahrconsulting

#liderancacorporativa

#liderancaempresarial

#lhrcconsultoria

#lhrcrecrutamentoeseleção

#lhrcprogramadetrainees

#lhrcprogramadetraineessp

#liderancanoambientecorporativo

#lideresnoambientecorporativo

#lideresdecadageracaonoambientecorporativo

#absolescênciadosprocessosdeavaliaçãodedesempenhotradicionais

#culturaorganizacional

#diferencialcompetitivoemtemposdeescassezdetalentos

#revengequitting

#microgerenciamento

#microgerenciamentooassassinosilenciosodaliderançaedaprodutividade

#liderdissimulado

#comoempresasperdemseusmelhorestalentosantesmesmodademissão

#mentoriamalfeitaafastaemvezderetertalentos

#ocustoinvisíveldaspanelinhas

#comoafofocasabotaresultadosecorróiaculturadasuaempresa

#oselodafelicidadecorporativa

#oquepodeestarportrasdaimagem

#talentosemfirmasdeauditoriaeconsultoria

#celulareorisconasempresas

#rhestrategico

#rhaprovacafedamanha

#melhoresempresasparasetrabalhar