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No Palco Corporativo, Só A Verdade Sustenta O Personagem

Ao longo da minha trajetória — primeiro como executivo, agora como consultor — aprendi uma verdade que raramente é dita com clareza: nós não aprendemos valores apenas nos livros; aprendemos observando quem está acima de nós. É assim na infância, é assim na vida adulta, é assim nas empresas. Somos moldados pelos exemplos que recebemos — ou pela ausência deles.

Fomos educados, em casa, com uma cartilha implícita de decência: respeito, honestidade, disciplina, compromisso, empatia. Mas bastou crescermos para perceber que o mundo real não opera com o mesmo manual. Pior: a cada dia, assistimos — no noticiário, nas redes, na política — um espetáculo deprimente de antivalores. Mentira virou estratégia. Impunidade virou norma. Corrupção virou narrativa. E a ética… virou exceção.

Mas o mais perigoso é o efeito subterrâneo disso: quando o exemplo de cima apodrece, o asfalto rachado começa a contaminar quem pisa sobre ele. As empresas não estão à margem dessa contaminação cultural. Elas são atravessadas por ela.

Vejo diariamente, nas organizações, profissionais íntegros convivendo com outros que foram corroídos por essa lógica da “esperteza”, do “atalho”, da “vantagem”. Vejo líderes que perderam a capacidade de praticar transparência. Vejo colaboradores transformando pequenas distorções em hábitos. Vejo manipulações sutis justificadas como estratégia. Vejo jogos de poder que premiam o astuto e punem o íntegro.

E é aqui que entra um conceito central do meu trabalho com Inteligência Cênica: a consciência de palco — a percepção de que, independentemente do que acontece ao redor, cada pessoa escolhe como atuar. Podemos ser protagonistas, coadjuvantes ou figurantes. Podemos ter texto ou improvisar. Podemos sofrer a cena ou conduzi-la.

Mas, acima de tudo, podemos decidir o tipo de personagem que seremos.

E, no mundo corporativo, só existe um papel que permanece no tempo: o da verdade.

O resto — esperteza, manipulação, jogo duplo, vaidade, ego inflado — até funciona por um tempo. Mas não deixa legado. Não constrói cultura. Não sustenta carreira. Não inspira ninguém. E não cria respeito real. Ao contrário: corrói.

É por isso que digo, sem hesitar, que a inteligência cênica será a competência mais valiosa do futuro — mais do que técnica, mais do que performance, mais do que inteligência analítica. Porque viver num mundo contaminado e ainda assim escolher o caminho dos valores nobres exige coragem. Exige lucidez. Exige maturidade emocional. Exige capacidade de resistir ao que a maioria normalizou.

E essa escolha não depende de cargo. O estagiário pode ser mais íntegro que o diretor. O analista pode ser mais ético que o presidente. A verdade não é hierárquica. Durante minha vida executiva, vi líderes brilhantes que nunca precisaram levantar a voz para serem respeitados — porque sua integridade falava por eles. E vi outros que, mesmo no topo, eram meras sombras, sustentados por jogos políticos e nunca por grandeza moral. Hoje, como consultor, a cena se repete: empresas com culturas saudáveis são lideradas por gente que entende que o exemplo é a maior ferramenta de gestão. Empresas adoecidas, ao contrário, são lideradas por protagonistas rasos, que ensinam pelo medo e operam na contradição.

No teatro corporativo, muitos querem o holofote, poucos querem responsabilidade, e quase ninguém quer verdade. Mas é a verdade que sustenta organizações. É a verdade que protege reputações. É a verdade que inspira lealdade. É a verdade que cria performance sustentável. É a verdade que mantém a alma do negócio.

E é por isso que, mesmo vivendo em um país onde o exemplo político é desastroso, onde as redes sociais banalizam a mentira e onde a mídia muitas vezes amplifica ruídos em vez de clarezas, os profissionais do bem não podem se render.

Porque se o exemplo de cima falha — e ele falha todos os dias — cabe às consciências individuais manterem acesa a chama que sustenta qualquer civilização: a dos valores nobres.

No fim das contas, Inteligência Cênica não é sobre atuar. É sobre escolher, no palco confuso do mundo, não interpretar o personagem que a decadência cultural tenta nos empurrar. É sobre encarnar — com coragem — o personagem que permanece.

O que você faz quando ninguém vê, isso sim define quem você é. E isso, cedo ou tarde, define também o que sua empresa se tornará.

Por Ronaldo Loyola, especialista em gestão de pessoas e fundador da LHRC Consultoria (www.lhrc.com.br).

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