Durante minha trajetória profissional, tive o privilégio de conhecer e aprender com grandes líderes corporativos. Gente que realmente honra o título de CEO — estrategistas, inspiradores, com visão ampla e senso humano apurado.
Mas, com o tempo, percebi o outro lado da moeda: um grupo de alguns “CEOs de fachada”. Profissionais — ou melhor, empresários — que ocupam o topo sem a menor noção do que é liderar, governar ou desenvolver pessoas.
E não estou falando apenas de pequenas empresas familiares. Estou falando de organizações com centenas, às vezes milhares de funcionários, comandadas por líderes despreparados, vaidosos e, muitas vezes, reféns da própria ignorância.
Gente que fez a empresa crescer no braço, com suor e coragem — mas que parou no tempo. Cresceu em tamanho, mas não em consciência. E agora administra impérios com mentalidade de armazém.
O resultado? Empresas que tomam decisões com base em fofocas, achismos e egos inflados. CEOs que confundem “liderar” com “controlar”, “decidir” com “impor”, “estratégia” com “instinto”.
Muitos fazem gestão por conflito: colocam líderes uns contra os outros, promovem informantes, alimentam a política de bastidores — e chamam isso de meritocracia.
É assustador ver quantas organizações vivem mergulhadas nesse teatro. O RH observa em silêncio: líderes medianos protegendo líderes piores ainda. Departamentos sem norte. Pessoas desmotivadas. Climas organizacionais tóxicos, onde o principal sonho coletivo é ver o expediente acabar.
A cultura da empresa se torna um reflexo direto do ego de quem a comanda.
E o mais curioso é que muitas dessas empresas continuam se sustentando — por enquanto.
Mas não se iluda: o mercado é implacável com a mediocridade. A ausência de governança, de transparência e de liderança consciente é uma bomba-relógio.
E quando ela explode, leva junto reputações, talentos e, inevitavelmente, o caixa.
O que mais me impressiona é a falta de humildade. Muitos desses CEOs têm a chance de aprender com especialistas, consultores, mentores — mas não o fazem. Preferem ouvir bajuladores, que reforçam suas crenças e alimentam o ego. Afinal, o ego é o calmante dos incompetentes.
E assim seguem: repetindo erros, perdendo bons profissionais, culpando o mercado, o governo, o RH — qualquer um, menos o próprio espelho.
Há empresas que operam totalmente fora de compliance, tomam decisões obscuras e varrem sujeira para debaixo do tapete. Outras vendem uma narrativa de sucesso: divulgam crescimento, resultados, “recordes de faturamento” — mas nos bastidores, congelam promoções, cortam investimentos e escondem prejuízos sob PowerPoints bem-feitos.
É o capitalismo do faz de conta.
Mas o mercado mudou. As novas gerações não aceitam chefes autoritários, nem empresas com valores de papel. A governança está se tornando o novo idioma da sobrevivência corporativa. E os investidores, parceiros, clientes e talentos já aprenderam a farejar a incoerência de longe.
A Cultura Organizacional — esse ativo invisível que sustenta ou destrói empresas — é o primeiro sintoma da incompetência do topo. Quando a cultura adoece, é sinal de que o vírus começou no andar executivo. E nenhuma reestruturação, discurso ou campanha de engajamento salva uma organização liderada por quem não tem consciência.
O futuro não pertence aos CEOs que sabem mandar. Pertence aos que sabem ouvir, aprender e evoluir. Aos que trocam vaidade por sabedoria, controle por confiança e fofoca por transparência. Aos que entendem que o verdadeiro poder não está no cargo, mas na capacidade de formar sucessores e deixar legados.
Os outros — os que brincam de ser empresários — continuarão administrando suas próprias ruínas, acreditando que ainda estão no comando. Mas o mercado, silenciosamente, já decidiu: o tempo deles está acabando.
Por Ronaldo Loyola, especialista em gestão de pessoas e fundador da LHRC Consultoria (www.lhrc.com.br).
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