As novas gerações têm muito a ensinar. São rápidas, conectadas, criativas, autodidatas e movidas por propósito. Mas também estão prestes a aprender — e talvez da forma mais dura — que propósito sem entrega não sustenta empresa, nem carreira.
Nos últimos anos, o mundo do trabalho evoluiu de forma exponencial. Ambientes físicos mais acolhedores, home office, flexibilidade de jornada, políticas de bem-estar, massagem, day off, psicólogos corporativos, academias, espaços descolados, líderes com linguagem empática e uma infinidade de benefícios que há 15 anos pareceriam ficção científica.
O trabalho se humanizou. E isso é ótimo. Mas, curiosamente, à medida que o ambiente ficou mais leve, o senso de compromisso ficou mais leve também.
Muitos jovens chegaram ao mercado acreditando que o equilíbrio vida-trabalho é sinônimo de “trabalhar pouco”.
Que flexibilidade é não ter rotina. Que propósito é só fazer o que se gosta. E que disciplina é coisa de gerações passadas.
Só que o mundo real — e principalmente o mundo corporativo — ainda é regido por uma lei simples: as empresas existem para gerar resultado. E sem entrega, não há propósito que sobreviva.
O problema é que muitos jovens não estão entregando o que prometem. A dispersão é grande. O celular virou distração constante. O “modo multitarefa” virou desculpa para a falta de foco. E o home office, que deveria simbolizar confiança e autonomia, em muitos casos se transformou em fuga — um território onde a produtividade evapora sob o disfarce da flexibilidade.
Não existe empresa perfeita. Mas, convenhamos: o salto evolutivo nas condições de trabalho nos últimos 20 anos é impressionante. Hoje, fala-se de empatia, de diversidade, de segurança psicológica, de propósito. E ainda assim, nunca se viu tanto descompromisso disfarçado de autenticidade.
A nova geração precisa entender que as empresas contratam talentos para dar resultados.
E que resultado não é só KPI — é atitude, entrega, disciplina, ética, presença.
Trabalhar não é só estar logado. É se comprometer com algo maior do que o próprio conforto.
Talvez o maior desafio dessa geração seja reaprender o valor do esforço. Porque o sucesso pode ser flexível, mas nunca será instantâneo. E a liberdade profissional é conquistada — não concedida.
Quem não aprende a lidar com a frustração, com o tédio e com a rotina, dificilmente desenvolverá resiliência para os grandes papéis que o futuro exige. No meu livro que brevemente será lançado, Inteligência Cênica, exploro exatamente isso: a habilidade de transitar no palco corporativo com consciência, adaptabilidade e presença.
Saber atuar — sem perder autenticidade — é o que diferencia quem sobrevive de quem evolui. E essa competência começa pela responsabilidade pessoal.
Porque o protagonismo não nasce de cargos, nasce de escolhas.
E os maiores inimigos do protagonismo continuam sendo os mesmos: medo, insegurança, vitimismo e preguiça de agir. Esses são os grilhões modernos que impedem muitos jovens de crescer.
Sim, é importante ter propósito. Mas propósito sem constância é discurso vazio.
É ótimo buscar equilíbrio. Mas equilíbrio sem entrega é comodismo disfarçado.
E é nobre querer liberdade — desde que se esteja disposto a pagar o preço dela: disciplina.
As empresas estão mudando, evoluindo e aprendendo a lidar com o novo. Mas está na hora dos jovens também fazerem a parte deles. Porque, no fim das contas, a carreira é um espelho: ela reflete exatamente o nível de consciência que você leva para o palco do trabalho.
E se o papel que você tem interpretado até aqui é o do espectador, talvez esteja na hora de subir ao palco — e mostrar a que veio.
Por Ronaldo Loyola, especialista em gestão de pessoas e fundador da LHRC Consultoria (www.lhrc.com.br).
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