Depois de tantos anos dentro e fora do mundo corporativo — vendo empresas por dentro, no dia a dia, nos bastidores e nos porões — posso afirmar sem medo de errar: o maior ladrão de tempo, energia e sanidade mental dentro das empresas atende pelo nome de “reunião”.
Não qualquer reunião. Estou falando daquelas que você já entra sabendo que nada vai sair dali.
A famosa “reunião para marcar outra reunião”.
A reunião sem pauta, sem norte, sem objetivo — mas com cafezinho e gente se interrompendo como se estivessem disputando um Oscar da verborragia corporativa.
Aquela onde todo mundo fala bonito, mas ninguém decide coisa nenhuma.
Claro, também existem boas reuniões. Já participei de encontros sérios, bem conduzidos, com pauta clara, horário respeitado, e decisões que viram ação. Reuniões com propósito. Mas, honestamente? São minoria. Espécie em extinção.
O que se vê na maioria das empresas é um ritual patético de autoafirmação corporativa, onde líderes inseguros escondem sua inoperância atrás de slides, e gestores que não sabem decidir usam reuniões como escudo emocional para não se comprometer.
É a “gestão pelo calendário”. Aquele fetiche do convite no Outlook, como se presença em sala significasse entrega. E o pior: não significa.
Reunião, quando mal usada, é pornografia da produtividade. Muita exposição, zero profundidade. Gente demais para decidir de menos. Pauta demais para ação de menos. Palavra demais para escuta de menos.
E isso, caro leitor, não é só problema operacional. É falha cultural.
Empresas que vivem atoladas em reunião improdutiva revelam algo mais profundo: medo de decidir, medo de agir, medo de errar. E onde há medo, nasce o vício da conversa eterna. Reuniões viram desculpa para quem não quer fazer. Ou pior: para quem não sabe o que está fazendo.
Sabe qual é o problema de uma cultura assim? Ela suga a alma dos bons profissionais.
Ela mata a agilidade. Ela premia quem se mostra, e pune quem entrega em silêncio.
Ela se apaixona por discursos e ignora quem resolve. E pior: ela emburrece o time.
Porque em vez de formar gente que decide, forma plateias corporativas treinadas para aplaudir a enrolação.
Se sua empresa precisa de cinco reuniões para resolver o que caberia em uma mensagem clara, o problema não é o canal. É o comando. É o medo de liderar. É a cultura que confunde estar ocupado com ser produtivo.
Reunião boa tem começo, meio, fim — e consequência. O resto é teatro. É maquiagem de gestão. E quem participa disso todos os dias, sabe: não há nada mais frustrante do que sair de uma sala com a impressão de que nada foi dito… e que tudo será dito de novo na próxima.
Se você é líder, repense. Se você é CEO, observe.
Porque a cultura do excesso de reunião é uma fábrica de mediocridade com ar-condicionado e coffee break.
E enquanto você organiza a próxima reunião do mês, tem gente boa aí dentro desistindo em silêncio.
No mundo corporativo de verdade, quem resolve, resolve. Quem enrola… muitas vezes marca reunião.
Por Ronaldo Loyola, especialista em gestão de pessoas e fundador da LHRC Consultoria (www.lhrc.com.br).
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